Wednesday 17 August 2011

A onda é pegação total



Estou assinando o atestado de velhice, assumo. Apesar dos poucos trintinhas, percebi que sou jornal lido, passado, desatualizado... A afirmação veio ontem enquanto assistia uma reportagem na TV que falava sobre o jeito de fazer balada para quem está entre 12 a 17 anos. Estarrecida, acompanhei as imagens que mostravam adolescentes beijando de forma assuatadoramente aleatória. A onda agora é beijar, não importa quem. E o maior número de pessoas possíevl. Perguntar o nome é completamente dispensável.


A situação chegou a tal ponto que, meninos e meninas contabilizam com os amigos o número de beijos dados ao longo da balada. Lógico, quem mais beija é o campeão. Frente a isso me questiono sobre os valores, ou melhor, a ausência de valores da nova geração. Me parece que falta muita referência e todos estão sem muita noção real de como viver esse período mágico e alucinante que é a adolescência.


Até onde entendo, o beijo virou um ato banalizado e nem sequer gera frio na barriga, suspense, nervosismo, expectativa... Onde está a cor, o sabor da vida desses jovens? Se os jovens de hoje estão vivendo de forma tão inssípida, que adultos serão amanhã? Nossa! Só de pensar nesse contexto ganho uma dor no peito. Percebo que a humanidade corre desenfreadamente rumo ao progresso, mas esquecem de evoluir enquanto pessoas. Estamos abrindo mão de valores sutis para vivermos cada vez mais desapegados, sem um norte, sem enxergar nossa essência. Somos robôs de carne, osso e coração oco.

Thursday 4 August 2011

Banalizar é mais fácil que pensar, sentir, avaliar..



Fazer sexo virou algo tão banal quanto escovar os dentes, tomar banho, almoçar ou sei mais lá o que... Se rolar uma química e tudo o que você souber sobre a pessoa é o nome, já basta para "encostar o dojão e cair matando". Pode ser caretice minha, me pergunto: que mal tem dar umazinha sem maiores enlaces? Mas ao mesmo tempo faço outra pergunta: essa prática não estaria quase que próxima a um ato sagrado?

Tem mulher que só faz sexo "por amor". Acho isso muito hipócrita, pois demora tanto tempo para o amor nascer e se confirmar. Falar "eu te amo" quando na verdade esconde o chulo "quero te comer", ah!, não cola. Esse nobre sentimento é consequência de tanta troca, de tanto olho no olho, de tanta cumplicidade que leva um tempinho para se tornar sólido. Sólido? Mas amor não é abstrato? Chega! Chega! Só faço indagações....

Já que não sei bem o que é certo e errado só me resta desejar que todos encontrem o ponto de equilíbrio, que façam muito sexo gostoso com alguém que tenha algo a compartilhar. Me refiro a mais do que um cigarro ou a enfadonha pergunta: foi bom pra você?