Thursday 21 July 2011

Particularidades regionais



A gaúcha aqui faz morada na capital paulista há 8 meses. Desde então, tenho aprendido algumas peculiaridades que fazem de São Paulo, ser simplesmente São Paulo. Para quem vem de fora é mais fácil captar certos detalhes.

Aqui é muito comum falar "nós vai", "nós compra", "nós gosta" e por aí segue uma sucessão de "nós" acompanhado do verbo na 3ª pessoa do singular. Um detalhe, estou falando de pessoas com formação acadêmica. Pasmem!

Não paro por aqui. Meu ouvido tem captado outra curiosidade. Muitos não pronunciam o "D" em alguns verbos no gerúndio. Por exemplo: subinDo, vira subino. ComenDo sai comeno, correnDo obviamente soa correno.

Enfim, paro por aqui, pois vai que um paulista desça até a terra do chimarrão e descubra que por lá se diz "nós falemo", "amemo", "cantemo"... Para piorar, transformam o verbo dar em "di". Traduzindo: Eu "di" um tapa na cara dela.

Wednesday 13 July 2011

Ambulante bom de marketing

São inúmeros os vendedores ambulantes de bala, chocolate, rapadura, amendoim... que invadem ônibus, trens e metrôs das grandes cidades. Acho chata essa ação de empurrar tranqueiras a todo custo. Geralmente, eles fazem cara de "peixe morto" para sensibilizar seus "clientes ambulantes", é como se todos tivessem o dever de ajudá-los.
A hitória se repete diariamente, seja aqui em São Paulo ou lá nos pampas da minha terra. Tudo igualzinho, chega a ser uma situação esteriotipada. São pessoas com ou sem perna debruçadas em muletas, grávidas, caolhos e por aí vai. O ritual de vendas inicia com uma voz retumbante dizendo: Senhoras e Senhores! Boa a noite a todos. Estou aqui fazendo um trabalho honesto... blablabla De quebra, tem aqueles que se acham artistas e dão um "show" com cantorias usando com violão, sanfona... Pasmem! Tem até religioso que abre a bíblia em nome de Deus... É o maior vale tudo!
Se depender de mim os coitados vão morrer de fome, não compro essas coisas de procedência duvidosa. Mas teve um dia que fui obrigada comprar 10 balas por R$ 1,00. Sabe por quê? Porque o cara deu uma lição de marketing. Uma fração de sgundo foi o suficiente para ele usar o argumento de venda certeiro. Vou reproduzir a cena:
Estava na avenida principal do Leblon, no Rio de Janeiro (que inveja, não?). Enquanto aguardava o sinal verde para atravessar a rua, saboreava meu suco de açaí. Nesse instante veio o ambulante na minha direção e ofertou uma mão cheia de balas. A resposta foi: Não, obrigada! Insiste ele: Moça, 10 balas por um real. Verbalizei novamente o NÃO!!! Sem perder a esperança, ele observa o meu copo e lança outra mão cheia de balas dizendo: eu tenho no sabor açaí.

A situação fala por si e nos ensina a mais pura essência de marketing eficiente.

Thursday 7 July 2011

A terapia do palavrão http://www.youtube.com/watch?v=hV76KXU1x6g


Às vezes, soltar o verbo se faz necessário. Pode ser LIBERTADOR, segundo afirmam alguns terapeutas!

Tipo assim...


Já observou como as pessoas gostam de falar a expressão "tipo assim"? Toda vez que eu fisgo alguém soltando essa, penso: Afinal, para que serve a tal frase?Vamos imaginar, por exemplo, a conversa entre dois amigos. Papo vai, papo vem e um pergunta sobre a vida profissional. O camarada responde: - Tipo assim, preciso contatar cerca de 50 clientes para verificar se estão satisfeitos com nossos serviços....

Veja a colocação do "tipo assim" no exemplo acima e avalie o grau de importância. Simplesmente, não acrescenta patavinas. Enfim, vou continuar meu estudo antropológico, morfológico, observológico... para, tipo assim, encontrar alguma resposta. Será que isso pega?